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domingo, 19 de maio de 2013

Bailes funk de Niterói e SG atraem traficantes do Rio


Polícia fará blitzes nas saídas da Ponte para impedir migração de bandidos do Rio para os bailes funk em Niterói, que têm tirado o sono de moradores das proximidades

A polícia começa esta semana a realizar blitzes nos acessos a Niterói da Ponte para tentar impedir a migração de traficantes do Rio que atravessam a baía nos finais de semana para frequentar bailes funk embalados por proibidões nas favelas de Niterói e São Gonçalo. Os bailes - que geralmente começam às 22 horas e varam a madrugada - têm tirado o sono de moradores de prédios vizinhos às comunidades, que reclamam do barulho e dos tiros que são disparados durante os eventos. Só este ano o Serviço Disque-Denúncia já recebeu 310 denúncias da realização deste tipo de evento nas duas cidades.
Em Niterói foram 109 denúncias de bailes funk. Os bairros com maior número de reclamações foram Engenhoca, com 16 denúncias; Caramujo (Morro do Céu  e Barreirinha), com 15; Charitas (Morro do Preventório), com 14; e Santa Rosa (Morro do Serrão), com 10. Em São Gonçalo este ano já foram contabilizadas 201 denúncias. Os bairros com maior número de reclamações são Itaúna (Salgueiro), com 26; Morro do Mutuapira, com 18; Laranjal (Lagoa Seca), com 14; e Tribobó, com 12. Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança de Niterói, Leandro Santiago, bandidos do Rio têm frequentado os bailes funk do outro lado da baía porque nas comunidades pacificadas pelas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) não podem ostentar armas como fuzis durante os eventos e nem oferecer drogas ostensivamente pelos alto-falantes dos eventos, já que os bailes costumam ser realizados para alavancar a venda de entorpecentes.
“Várias denúncias desses bailes aqui em Niterói chegam ao nosso conselho. A Ponte é a principal porta de entrada do Rio para Niterói. Recebemos informações de que traficantes do Rio estão inclusive aproveitando estes eventos para emprestar ou alugar armas para criminosos daqui. Portanto, operações na Ponte são de extrema valia para reduzir também outras ações criminosas na nossa cidade”, avalia.
O vice-presidente do Conselho Comunitário da Orla da Baía de Niterói (CCOB), Carlos Augusto Valdetaro, lamenta que o baixo efetivo do 12º BPM, que é de 820 PMs para o policiamento de Niterói e Maricá esteja prejudicando as ações de repressão.
Também presidente da Associação de Moradores e Amigos da Boa Viagem, Valdetaro lembra que a ação da PM no Morro do Palácio, no Ingá, foi importante para reduzir o número de bailes funk na comunidade.
“Eram constantes os bailes no Palácio. Além do barulho ensurdecedor do som, em altíssimos decibéis, éramos obrigados a ouvir esses funk proibidões com apologia ao crime, às drogas e ao sexo.
Segundo o comandante do 4º Comando de Policiamento de Área (CPA), coronel Wolney Dias, a barreira nos acessos da Ponte a Niterói começou a ser feita por agentes do 12º BPM com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). “E se precisar, solicitarei apoio do 7º BPM (São Gonçalo). Mas acho que por enquanto isso não será necessário. Este tipo de ação tem um efeito mais preventivo do que repressivo”, avalia.
Estratégia
Para o comandante do 12º BPM (Niterói), André Belloni, 99% dos bailes nas comunidades são promovidos por traficantes. Para reprimi-los, ele informa que está sendo feito um mapeamento das áreas onde os bailes estão ocorrendo e um planejamento estratégico de ação. 
“Estamos monitorando todas essas comunidades para agirmos antes dos bailes começarem. Há uma grande preocupação nossa de não expor a população local. Se entrarmos no morro com o evento em andamento, inocentes podem ser feridos caso haja confronto”, argumentou.
Segundo o comandante, o serviço de inteligência do batalhão está traçando verdadeiros raios x dos bailes.
“Estamos colhendo informações dos dias, horários e locais exatos onde ocorrem os bailes funk para evitar que eles aconteçam”, explica Belloni.
O comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Luiz Eduardo Freire, foi procurado para comentar as ações, mas não retornou as ligações feitas para o celular dele.
Memória
Um baile funk no Vital Brazil regado a drogas e bebidas tirou o sono de moradores do bairro no domingo. Segundo eles, traficantes do Rio, armados de fuzis e pistolas chegaram ao local do evento, na esquina das ruas Toledo Pizza com Antônio Batista, um dos acessos ao Morro Souza Soares, por volta das 22h e só saíram de lá no amanhecer. Além do barulho ensurdecedor de cerca de 20 caixas de som a todo o volume, com músicas fazendo apologia ao crime, traficantes circularam a pé e de moto pelas ruas do bairro com armamento pesado como fuzis.
A venda de drogas durante o evento, ainda segundo moradores do bairro, era anunciada pelos alto-falantes, entre a execução dos proibidões.
Em São Gonçalo, PMs apreenderam no último dia  9 equipamento de som que seria utilizado para promover um baile funk do tráfico de drogas no Complexo da Coruja, em Vila Lage. Um homem foi preso e um adolescente apreendido com drogas e as caixas de som que iriam ser usadas para embalar a festa ao som de “proibidões”.
O Fluminense

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