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terça-feira, 14 de maio de 2013

Exposição liga a história da cidade à Monarquia no País


A cidade de Niterói terá um motivo a mais para se orgulhar de sua história. Está em cartaz, no Salão Nobre da Câmara Municipal, a exposição Visão Prospectiva do Museu Histórico da Vila Real da Praia Grande e da Imperial Cidade de Niterói, desenvolvido pelo Círculo Monárquico Dom Pedro II de Niterói, uma instituição cultural não governamental dedicada à pesquisa e divulgação do sistema monárquico no Brasil.
Segundo o idealizador da mostra, o arquiteto e professor Francisco Tomasco de Albuquerque, esse é um trabalho único.
“O intuito é mostrar uma história que as pessoas não conhecem. Quando comecei a pesquisar, não achava livros em lugar algum para trabalhar, mas, na Biblioteca Nacional, achei bastante material e vi que a história está sendo contada para nossas crianças e adolescentes de maneira equivocada”, afirma o professor.
O grande desafio do Círculo Monárquico é a construção de um museu, onde seja contada e mostrada toda a história da cidade. A ideia inicial é construí-lo em São Domingos, local onde toda a história começou.
“Já temos o projeto de como deveria ser o museu e vamos tentar fazer com que esse projeto saia do papel”, conta Francisco.
Niterói é a terceira cidade que mais recebe turistas no Estado do Rio de Janeiro, atrás apenas da capital e de Búzios. A cidade atrai pelos seus centros culturais e históricos e pelas praias oceânicas. Entre suas atrações mais visitadas estão a Praia de Icaraí, com as pedras de Itapuca e do Índio; o Caminho Niemeyer, conjunto arquitetônico que contém centros culturais como o Museu de Arte Contemporânea, a Praça Juscelino Kubitschek, o Teatro Popular de Niterói, a Estação Hidroviária de Charitas e o Complexo dos Fortes de Niterói.
História da cidade – Em 2008 foi comemorado os 200 anos da chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil e o Círculo Monárquico foi a única instituição convidada para contribuir com as festividades. Visando o resgate da memória histórica da cidade e a presença e atuação da Família Real Portuguesa e da Família Imperial Brasileira, no território posteriormente denominado, respectivamente de Vila Real da Praia Grande e da Imperial Cidade de Niterói, por Decreto de Dom Pedro II e, hoje, simplesmente, de Niterói, foi construída uma maquete com a participação de professores e alunos do Curso Superior de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) e do Palacete de Dom João VI, principal monumento histórico de Niterói, que foi demolido em 1905.
A fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, fundada por Estácio de Sá, em 1º de Março de 1565 constitui, de certa forma, o ponto de partida para o estudo da história niteroiense. Diante da necessidade de se fixar um novo núcleo colonial, durante esse mesmo ano, mais precisamente em setembro, surgiu a primeira sesmaria (pedaço de terra devolvido ou abandonado) da margem oriental da Baía de Guanabara, contemplando-se o francês Martim Paris como primeiro colonizador de fato e de direito, da região que hoje corresponde aos bairros de São Francisco e Jurujuba. Mas ele não tomou posse da terra oficialmente.
Algumas outras sesmarias também se destacaram naquela época, como a de Antônio Marins Coutinho e sua mulher, Isabel Velha, e a do cacique Martim Afonso de Souza (nome cristão do indígena Araribóia, principal membro da tribo dos Temiminós). A primeira sesmaria, no começo do século XVII, tornou-se o primeiro engenho de açúcar da região (Nossa Senhora das Neves), no atual município de São Gonçalo. Já a segunda sesmaria abrangeu a maior parte do território atual da cidade de Niterói e, em 2 de novembro de 1573, Martim Afonso de Souza tomou posse dela.
O fato surpreendente desta história é que, 246 anos mais tarde, ela veio a se constituir o núcleo urbano da Vila Real da Praia Grande, fundada por Dom João VI em 11 de agosto de 1819, correspondendo à área central da atual cidade de Niterói. Nessa época, foi erguida a capela de São Lourenço e surgiram à sua volta choupanas e roças de milho, características da cultura indígena. O aldeamento acabou por ser extinto definitivamente pelo governo provincial em 1866.
É indispensável destacar que a biografia do indígena Araribóia, em grande parte, tem como base fontes nem sempre precisas.
A origem de São Domingos – Niterói era conhecida por vários nomes, como “Banda Oriental”, “Praia Grande”, “Vila Real da Praia Grande” e “Barreiras Vermelhas”. As terras com esse nome ficavam localizadas no atual bairro de São Domingos. Essas terras foram de propriedade de Violante do Céu Soares de Souza, casada com Domingos Araújo, construindo por volta de 1652, em suas terras, a Capela de São Domingos de Gusmão. O povoado foi crescendo e tomando os arredores, que hoje são conhecidos como Centro, Ingá, Boa Viagem e Icaraí.
No século seguinte da posse de Martim Afonso de Souza (Araribóia), a Sesmaria da Praia Grande já estava reduzida. Foram fundando-se fazendas, cuja lavoura principal foi a da cana-de-açúcar. Nos três primeiros séculos, predominaram as atividades agrícolas, com destaque para o cultivo da cana-de-açúcar, mandioca e frutas. Depois começou a apresentar vestígios de urbanização, com o aparecimento de propriedades, residências e chácaras.
A partir do século XIX, com a vinda da família Real Portuguesa à Praia Grande e a criação e instalação da Vila Real da Praia Grande (1819), o povoado de São Domingos começa a se destacar dos demais núcleos habitacionais da antiga sesmaria de Martim Afonso. O segundo monumento histórico mais antigo de Niterói é o Forte de São Domingos. Essa fortaleza fazia parte do esquema defensivo que tornou a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro uma das praças mais protegidas do mundo, como porto de embarque. O forte está localizado na ponta do Gragoatá, com ampla visão da entrada da Baía de Guanabara e local de muitas visitas, mas que precisam ser agendadas previamente.
A Igreja de São Domingos de Gusmão, localizada de frente para o mar, é uma das igrejas mais antigas de Niterói. Foi construída no início do século XVII. Ainda hoje, observa-se, acima do altar, uma Coroa Real esculpida em madeira e pintada em dourado.
Niterói nos dias de hoje – São Domingos, no século XX, perdeu muito de suas tradições e ficou restrita a poucos prédios. Surgem então novas construções como o prédio da Ampla e a nova sede da loja Maçônica Vigilância, na Rua José Bonifácio, dentre muitas outras grandes construções. O Largo de São Domingos também passou por várias modificações e aos poucos se transformou em ponto de encontro de jovens.
Exposição: Visão Prospectiva do Museu Histórico da Vila Real da Praia Grande e da Imperial Cidade de Niterói • Período: 13 de maio a 28 de junho de 2013 • Horário: 2° a 6° feira de 10 às 18 horas • Local: Câmara Municipal de Niterói – Av. Ernani do Amaral Peixoto, 625 – Centro - Niterói
O FLUMINENSE

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