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quarta-feira, 20 de março de 2024

Alunos da PUC-SP fazem 'biquinaço' contra falta de ar-condicionado nas salas da faculdade


 Estudantes usaram trajes de banho em protesto contra a infraestrutura. Em semana de calor intenso na cidade, eles alegam que condições estão insalubres também para funcionários e professores. Universidade admite que 'quadro não é ideal' e pretende investir em melhorias.

Estudantes da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo fizeram um "biquinaço" dentro da universidade, na Zona Oeste da capital paulista, na manhã desta quarta-feira (20). Com trajes de banho, eles protestaram contra a falta de ar-condicionado nas salas.
Em nota, a universidade informou que "trabalha constantemente para a melhoria de sua infraestrutura física, incluindo o sistema de ventilação das salas de aula e auditórios" e que, no campus Monte Alegre, "não há nenhum espaço de aula ou palestra que não tenha sistema de ventilação" (leia a íntegra da nota abaixo).

Durante as falas, os alunos ressaltaram que pagam mensalidade, por ser uma faculdade particular, e não veem o retorno do investimento. As mensalidades variam de acordo com o curso e vão de R$ 1,5 mil a R$ 5,5 mil, aproximadamente.
"Eu sou de psicologia, nós pagamos a mensalidade mais cara da PUC e estamos aqui lutando pelo nosso direito”, afirmou uma aluna que não quis se identificar.
“Cadê o dinheiro, Fundasp? Eu pago a faculdade certinho todo mês para isso? Mas agora eles vão ter que nos ouvir, a gente que paga o salário deles”, comentou outra estudante. A Fundação São Paulo (Fundasp) é a organização mantenedora da universidade.

O protesto foi realizado no espaço conhecido internamente como 'Prainha", localizado entre o prédio velho e o prédio novo do Campus Monte Alegre, em Perdizes.
Ele foi convocado pelo “Spotted” da faculdade - página de namoro, em que os alunos mandam fotos de uma pessoa alvo de interesse para tentar descobrir quem ela é.
Nos últimos anos, de acordo com os estudantes, esse perfil tem também encabeçado propostas de mudanças nas questões da vida estudantil, como a implantação de catracas na universidade, a contratação de seguranças e, agora, a falta de ar-condicionado.
Somando à iniciativa da página, os centro acadêmicos dos cursos de direito, ciências sociais, serviço social e jornalismo também se mobilizaram.
Em manifesto sobre o ato, os centros acadêmicos criticaram a situação "insalubre e desumana a que alunos, professores e funcionários estão submetidos ao terem que desempenhar suas respectivas atividades sob calor infernal."
Segundo os organizadores, a falta de planejamento e ação dos órgãos competentes está afetando, "séria e profundamente", a capacidade de funcionamento da Universidade.
Revolta contra reitoria

Apesar do grupo que realmente se vestiu com biquíni e sunga ser pequeno, a manifestação reuniu uma multidão de alunos que assistiu ao protesto dos andares do prédio.
Junto com o grupo do “biquinaço”, a multidão cantava em coro “Ô reitoria, vai se f***, sou estudante e não aguento mais você”.
Durante o ato, um ex-aluno bolsista leu um poema autoral sobre as ondas de calor e outro estudantes se queixaram de questões de permanência estudantil.
“É um absurdo o bandejão estar R$ 18, na USP é R$ 2 ou R$ 3”, disse uma representante do Centro Acadêmico de Direito no microfone. O 22 de Agosto informou ao g1 que vai entregar um abaixo-assinado para a reitoria exigindo as reformas necessárias.
“Já que estamos metendo pau em todo mundo, eu vou falar sobre os professores que são racistas. A gente não aguenta mais passar por isso todo dia, a gente não aguenta mais ser discriminado. Se eles não aceitam que pessoas pretas estão ocupando um ‘espaço branco’, o problema não é meu”, afirmou uma estudante de pedagogia.
O que diz a PUC-SP
Leia, abaixo, a íntegra do comunicado:
"A PUC-SP trabalha constantemente para a melhoria de sua infra-estrutura física, incluindo o sistema de ventilação das salas de aula e auditórios.
O campus Monte Alegre possui 191 salas de aula, das quais 43 possuem ar-condicionado e 148, dois ventiladores. Todos os auditórios possuem ar-condicionado. Não há nenhum espaço de aula ou palestra que não tenha sistema de ventilação.
Somente no ano passado, a capacidade de salas de aula com ar-condicionado foi duplicada e, para este ano, está prevista nova ampliação neste número.
A Universidade está ciente que este ainda não é o quadro ideal e, para minimizar os transtornos que o clima atual tem trazido à comunidade, direciona o maior volume possível de atividades acadêmicas, em todos os períodos, para as salas com ar-condicionado".

*Com supervisão de Lívia Machado

FONTE: Por Aline Freitas *, g1 sp

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