Segundo o cirurgião-plástico e especialista no tratamento de queimados Marco Aurélio Pellon, poucos minutos de exposição à fumaça em local fechado são suficientes para levar a uma parada respiratória. “Quando a fumaça inalada chega ao pulmão, parte é absorvida, o que pode causar intoxicação no momento do incêndio, mas parte fica no pulmão e, com o tempo, dá início a uma reação alérgica. Isso faz com que a pessoa pare de absorver oxigênio e tenha uma parada respiratória”, explicou.
A reação no pulmão pode demorar de 30 minutos a uma hora. “A pessoa sente apenas um pequeno desconforto, mas os sintomas aparecem gradativamente. O ideal é que a pessoa receba oxigênio imediatamente”.
Trinta feridos na tragédia ainda respiram com ajuda de aparelhos, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele explicou também que, como a maior parte dos feridos estava com problemas respiratórios e não com queimaduras, não foi preciso acionar hospitais especializados em queimados em outros estados, como Rio e Paraná.
O ministro alertou para o risco de pneumonia química e pediu que os sobreviventes sem sintomas procurem atendimento médico: “O quadro dessas pessoas pode evoluir nos próximos dias para uma pneumonia química. É comum que vítimas apareçam com quadro de tosse”.
Reportagem de Antônio Marinho, Christina Nascimento, Diego Valdevino e Fernanda Alves, com agências
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