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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Hepatite: existem cinco tipos dessa doença perigosa e discreta

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstram que a hepatite é uma doença perigosa porque avança, muitas vezes, de forma silenciosa. São cerca de 150 milhões, ou 3% da população, infectados somente pela hepatite C. Por isso, com a aproximação do Dia Mundial de Combate às Hepatites, instituído em 28 de julho, a hepatologista do Hospital Quinta D’Or, Dra. Ana Maria Pittella, alerta para a importância de se conhecer os diferentes tipos da doença para preveni-las e tratá-las.
A hepatite é caracterizada como toda inflação no fígado, órgão que funciona como filtro do organismo. Por isso, ela pode ser diagnosticada como uma simples alteração laboratorial ou até como uma hepatite fulminante, levando o paciente ao óbito em um prazo curto de tempo.
Mais comuns entre a população brasileira, as hepatites B e C são doenças silenciosas, em que os sintomas podem levar até anos para aparecer.
“Essas doenças só vêm a se manifestar quando já têm complicações como, cirrose, câncer de fígado ou insuficiência hepática”, alerta a gastroenterologista do Hospital São Vicente de Paulo (RJ), Daniela Mariz.
A médica diz que, quando diagnosticada precocemente, as chances de cura podem chegar a 70%. Segundo a OMS, cerca de 350 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença.
Transmitida pelo sangue, através de transfusões ou de compartilhamento de objetos contaminados como alicate, seringas, colocação de piercings e lâminas de barbear, a hepatite B também pode ser contagiosa por relações sexuais desprotegidas.
“Cerca de 50% dos infectados pela hepatite B conseguem eliminar o vírus naturalmente. Mas os que não conseguem, se tornam pacientes crônicos, podendo desenvolver câncer e cirrose”, comenta a médica.
Prevenção e Tratamento – Ainda segundo Ana Maria Pittella, além de receber a vacina contra a doença, é importante seguir algumas orientações para evitar o contágio. Alguns exemplos são ingerir somente água tratada e alimentos higienizados, evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, praticar sexo somente com proteção e não ingerir medicamentos sem orientação médica.
São cinco os tipos:
Hepatite A: É do tipo não viral. Pode ser transmitida com a ingestão de alimentos e água contaminados. Normalmente, o tratamento por medicamentos tem curta duração e as chances de cura atingem 99% dos casos. Aproximadamente 1,4 milhão de novos casos são registrados todos os anos, segundo a OMS.
Hepatite B: É transmitida pelo contato sexual, transfusão de sangue, via placento-fetal, compartilhamento de agulhas e seringas e estima-se que 2 bilhões de pessoas estejam infectadas com esta forma do vírus. O quadro clínico pode evoluir e se tornar crônico. O vírus da hepatite B é de 50 a 100 vezes mais infeccioso que o HIV. Utilizada desde 1982, a vacina contra a Hepatite B é um tratamento com 95% de efetividade.
Hepatite C: Do tipo viral, a hepatite C pode ser adquirida por meio de transfusão de sangue, mas muitas de suas causas ainda são desconhecidas. O tratamento é feito com medicamentos. Esse tipo da doença pode evoluir e desencadear câncer no fígado. Embora seja assintomática em 80% dos casos, febre, fadiga, perda do apetite, náusea, vômito, dores abdominais, urina escura, fezes de cor acinzentada, dor nas articulações e icterícia (amarelamento da pele e do branco dos olhos) são sintomas comumente apresentados.
Hepatite D: Manifesta-se em pessoas portadoras da hepatite B. Além disso, o paciente tem maiores chances de desenvolver a forma aguda da doença e precisar de transplante de fígado.
Hepatite E: Muito parecido com o quadro clínico da hepatite A, é do tipo não crônico e se manifesta, principalmente, em países em desenvolvimento com saneamento básico precário, por conta da contaminação da água e de alimentos. Raramente esse tipo de hepatite é transmitido diretamente de uma pessoa para a outra.
Sintomas mais comuns: Pele amarelada (icterícia); Febre; Enjoos; Urina escura; Fezes claras.
O Fluminense

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