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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Doze dançarinos carentes, seis paraplégicos, fazem espetáculo

Eles ‘deram uma volta’ na discriminação e fizeram da arte uma maneira de viver e superar limites e fronteiras. Doze dançarinos moradores de comunidades cariocas — metade deles paraplégicos — são as estrelas do espetáculo ‘Dança Sobre Rodas’, que sai da Penha, na Zona Norte, onde fica a academia, para o mundo. Ano que vem, o grupo partirá para uma turnê internacional, passando pela Áustria, Holanda e Suíça. Na sexta-feira, os dançarinos, que já estiveram em vários estados e diversos países, se apresentaram no Centro Cultural da Light, no Centro do Rio, abrindo exposição fotográfica sobre portadores de deficiência.
INICIATIVA DE BAILARINAFoi da bailarina Paula Nóbrega que partiu a iniciativa de criar a companhia de dança, na Penha, Zona Norte do Rio, num projeto iniciado há sete anos. Ela abandonou a carreira no balé clássico e, além de assumir a direção do grupo, também passou a dançar nos espetáculos.
“Eu queria levar a arte para quem não tem acesso e resgatar o ideal dos bailarinos”, descreve Paula, que apresentou o grupo, em 2006, na festa dos 50 anos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), na Holanda.
Entre os 12 dançarinos que integram a companhia ‘Dança Sobre Rodas’, os seis paraplégicos se mesclam, no palco, com os ‘andantes’ — como os cadeirantes se referem a quem não é portador de deficiência — ao som de ritmos variados, fazendo das cadeiras de rodas objetos de acrobacias e coreografias. Por trás da beleza do espetáculo — que encanta público eclético com idade entre 10 e 80 anos — estão histórias de superação. Betânia Alves, 38 anos, ficou paraplégica aos 2. Moradora de comunidade, cresceu acreditando que não teria perspectiva alguma na vida. “Tinha até vergonha de sair de casa”, lembra. Mas há 7 anos, ao conhecer a companhia de dança, ela descobriu que era capaz de dançar mesmo na cadeira de rodas. Agora garante que sua vida ganhou um novo sentido.
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia

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