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quarta-feira, 15 de junho de 2016

Medina e Mineirinho atropelam rivais na 3ª fase em Fiji; Filipinho é eliminado

Após oito dias sem competição, o mar de Fiji renasceu nesta terça-feira. Sorte dos fãs do surfe e de Gabriel Medina, Adriano de Souza e Jadson André, que emplacaram belos tubos e manobras de borda nas ondas de cerca de 2m para vencerem suas baterias pela terceira fase da quinta etapa do Circuito Mundial de 2016. Com o largo triunfo por 14.50 a 4.33 sobre o australiano Matt Banting no início do dia, Medina assegurou sua vaga no round 4 e terá duas chances para avançar às quartas de final no evento em que ele busca seu segundo caneco. Situação semelhante ocorre com Wiggolly Dantas, Jadson, algoz de Italo Ferreira, e Mineirinho . O atual campeão também brilhou ao derrotar o havaiano Keanu Asing em mais uma apresentação de gala, com direito a nota 9.10. Outra esperança do Brasil em Cloudbreak, Filipe Toledo não encontrou os tubos que poderiam render boas notas e foi eliminado por Dusty Payne, se despedindo em 13º lugar no arquipélago do Oceano Pacífico. 
Estou feliz de ter pego vários tubos. Foi muito divertido. Os dias sem competição estavam chatos, mas as ondas estão de volta. Estou amarradão por ter vencido e avançado à próxima fase - comemorou Medina após a vitória.
Wiggolly Dantas contou com a sorte para superar Conner Coffin. O americano vencia até o fim, mas cometeu uma interferência na onda de Guigui, com a prioridade, e foi punido. Ele perdeu a segunda nota (4.37) e ficou apenas com a primeira (6.83), o que não foi suficiente para superar o paulista de Ubatuba, com 6.94 (5.17 + 1.77). Wiggolly mal comemorou a vitória. Último membro do Brazilian Storm a entrar em ação pela terceira fase, Alejo Muniz caiu diante de Matt Wilkinson, que se mantém na liderança do ranking mundial.
Com a eliminação precoce do vice-líder do ranking, o potiguar Italo Ferreira, em 13º lugar, apenas um surfista pode tirar Matt Wilkinson da liderança após a etapa de Fiji: John John Florence (3º). Isto só acontecerá caso ele chegue à final e o australiano seja eliminado antes das quartas. O havaiano foi o responsável pela eliminação do australiano Taj Burrow na bateria mais emocionante da temporada, por 18.76 (9.43 + 9.33) a 18.60 (9.20 + 9.40). Taj anunciou que iria se aposentar em Fiji, depois de 18 temporadas na elite. Vice-campeão mundial em 1999 e 2007, oito vezes top 5 e outras três como top 10 em seus 18 anos na elite, o aussie de 37 anos dá o seu adeus sem um título mundial, porém, em grande estilo. 
Mesmo caindo ainda na terceira fase, Italo fez bonito e conseguiu nota 9.00, porém, não deu para superar o amigo e conterrâneo Jadson André, em outra grande atuação em Cloudbreak - na estreia, ele já havia derrotado Medina e Stuart Kennedy. Jadson começou com ritmo frenético e pegou um bonito tubo para pressionar o local de Baía Formosa. Com 6.67 e 7.83, o surfista da vila de Ponta Negra ia dominando o confronto, enquanto Italo tinha dificuldades em encontrar uma posição no line-up. Com a prioridade até o fim, Jadson marcou e não deixou o amigo respirar. Mas Ferreira nunca pode ser subestimado. No fim, emplacou uma reação, ganhou 9.00 e torcia ao menos para tirar um 5.50 para liderar a bateria. O mar não cooperou. Uma onda boa apareceu, Jadson usou a prioridade, e Italo teve de se contentar com a seguinte, sem muito potencial. O 3.70 não foi suficiente, e ele acabou perdendo por 14.50 a 13.73, desperdiçando a chance de briga pela lycra amarela de líder nas Ilhas Fiji. 
O havaiano Keanu Asing entrou confiante e colocou fogo na disputa ao pegar duas ondas, assumindo a liderança, com 8.83 pontos (4.83 + 4.00). Mineirinho passeou pelo cilindro e mandou uma manobra bem longa e ganhou 6.17, mas ainda estava atrás do rival. O paulista do Guarujá não demorou para ter a dianteira do placar. Ganhou um 3.00 e, logo em seguida, um 4.87, ampliando para 11.04. Keanu respondeu com um tubo difícil, muito apertado. Recebeu nota 5.60 e encostou no atual campeão mundial 10.43. Foi o suficiente para Adriano deslanchar.
Mostrando um conhecimento profundo nas ondas de Cloudbreak, Mineirinho encontrou uma onda incrível na entrada da barreira de corais, sumiu em um tubaço e ganhou nota 9.10. Ele chegou a 15.27 pontos contra 11.00 do havaiano. Com 5.60 e 5.40, Keanu precisava de um 9.67 para voltar à ponta, uma missão duríssima diante do surfista visto por todos como um competidor nato. 
Adriano de Souza seguiu em grande estilo. Encaixou boas manobras, encontrou mais um tubo e ficou profundo, mas acabou perdendo o equilíbrio no fim e caiu na saída. O havaiano passu a lutar também contra o tempo, mas o adversário perigoso parecia insaciável. Mineirinho pegou outra só para constar e despachou com muita categoria Keanu, por 15.27 a 11.00. 
Filipe Toledo é eliminado por havaiano
Após ver Dusty Payne cair na primeira onda, Filipe Toledo ficou com a prioridade e pegou uma onda mediana para encaixar algumas manobras, sem grande potencial, levando 3.00 para assumir a liderança. Mas os juízes queriam ver os surfistas desaparecerem em tubos. Quanto mais profundo, melhor. As condições estavam difíceis, e a leitura era fundamental em busca de notas altas. O paulista de Ubatuba tentou mais uma vez, mas desistiu ao perceber que não encontraria nenhuma caverna em meio à espuma (0.50). A experiência em Fiji é fundamental, afinal, sem uma boa leitura da onda, é praticamente impossível estar no lugar certo. A bateria começou devagar, com ambos os atletas com dificuldades para achar uma boa oportunidade. 
O havaiano demorou para arriscar, mas não achou os tubos que queria, ganhando notas 0.87 e 2.70, chegando a 3.57. Precisava de apenas 1.08 para virar o placar. Filipinho tentou ampliar, porém, a onda não tinha potencial, e ele voltou atrás, aguardando uma nova chance. Ainda assim, ia liderando, por 3.77 a 3.57. Mas não por muito tempo. Payne conseguiu finalmente encontrar um tubo e saiu de forma limpa para ganhar 4.50, assumindo a ponta: 7.20 pontos contra 3.77 de Toledo. A falta de ondas era preocupante. No entanto, o paulista de Ubatuba não se intimidou. Esperou mais de 10 minutos e foi em outra, mas conseguiu só emplacar duas manobras, sem tubo, o que elevaria a pontuação. Ele precisava de 4.21 para recuperar a dianteira, conseguiu 3.50 e passou a lutar por um 3.71, a seis minutos para o fim. 
O paulista remou, tentou mudar de posição, mas não encontrava uma boa onda. O tempo ia se esgotando, deixando a situação dramática para Filipe. Com a prioridade, Payne fazia uma marcação cerrada, como uma sombra atrás do rival. Toledo esperou, mas o cronômetro zerou e ele não teve como reagir, perdendo a disputa por 7.20 a 6.50.
Medina massacra australiano 
Vencedor da etapa de Fiji em 2014, ano em que conquistou o título inédito para o Brasil no surfe, Gabriel achou logo três tubos na primeira onda. Com velocidade e técnica, o paulista soube aproveitar muito bem uma esquerda sem grande tamanho. Apesar de extrair o melhor possível, desaparecendo atrás de um canudo, ele ganhou só 6.50 dos juízes, mas foi o suficiente para começar na liderança. Na sequência, Medina dropou outra, mas não completou e levou 1.60. À espera de uma onda boa na arrebentação, Matt Banting parecia não se importar com o gás do brasileiro nos cinco primeiros minutos dos 35 da bateria que abriu o dia.  Ligeiro, Gabriel voltou a surfar um tubo. Mas ele foi rápido e sem profundidade. Assim, o astro somou 5.00 pontos, passando a liderar por 11.50 a 0.00. 

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