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sábado, 14 de julho de 2012

Festival Gastronômico chega ao fim com saldo positivo

Evento superou expectativa de vendas e, salvo algumas deficiências, agradou o público local, além de turistas que vieram em grande quantidade de cidades vizinhas.
No inicio da sexta-feira da semana passada (6/07) era grande a expectativa de moradores e comerciantes de Búzios a respeito da noite de abertura da XI edição do Festival Gastronômico de Búzios. Os pessimistas profetizavam que não haveria público suficiente para agitar a Cidade, pois o evento fora marcado na mesma data na qual acontecia a Feira Literária de Parati (FLIP), evento que conta com o apoio do Jornal ‘O Globo’, entre outros parceiros de peso, e atrai gente do país inteiro e do exterior.
Mesmo assim o primeiro dia do evento buziano, apesar de não ter tido quase nenhuma divulgação na grande mídia, foi satisfatório em termos de público e vendas. Entretanto alguns itens ficaram devendo melhor desempenho, como, por exemplo, a decoração pobre das mesas de alguns restaurantes participantes, o excesso de comida oferecida por outros, a ausência inexplicável de estabelecimentos consagrados, e um certo clima de ‘vamos aproveitar a qualquer custo’, com pratos principais que custam R$ 15,00, sendo oferecidos por R$ 10,00, caso o cliente pedisse dois.
Na noite de sexta-feira 13, o quadro não foi muito diferente e diverso restaurantes, não participante, aproveitaram para colocar suas mesas no meio da rua e oferecer refeições por preços menores. Caso semelhante aconteceu com o Buda Beach, espaço apontado por muitos como sendo a melhor casa da Cidade, em termos de espaço, musica, localização, e originalidade nos pratos que oferece em seu cardápio. Durante o final de semana passado a Paella de Frutos do Mar do Buda, ou ‘paella pirata’ como foi apelidada, vendeu cerca de quatrocentas porções, ficando um pouco atrás do prato servido pelo restaurante Bananaland, na Turíbio de Farias. O proprietário, Jean André, explicou que não entende o porque não ter sido convidado para participar pelos organizadores do evento. – Não fomos avisados, nem contatados;quando nos demos conta estávamos de fora do festival. Não vejo motivo para deixar de colocar nossa grande frigideira na porta do nosso estabelecimento e oferecer nossa paella, que custa mais do que os pratos do festival, para quem quiser comprar. Além de questões como estas, faltaram lixeiras, iluminação pública, e agentes públicos.
O Festival Gastronômico que termina hoje (sábado, 14) tem a participação oficial de 46 restaurantes, espalhados pela Rua das pedras, Turíbio de farias, Orla Bardot e Porto da barra, em Manguinhos.
O modelo adotado pelos produtores do Festival Gatronômico de Búzios, em sua 11ª versão, parece estar dando certo. Foi o que concluiu a nossa reportagem depois de entrevistar alguns participantes deste e de outros festivais. Em outras palavras, o Festival está sendo considerado bom porque movimenta a vida econômica e cultural da Cidade, agrega pessoas e grupos sociais, incrementa o comércio local e por tabela estimula o turismo regional. Apesar dos problemas de infraestrutura apontados pelos entrevistados, quem participou não se decepcionou. O secretário municipal de Turismo, Cristiano Marques, acredita que cerca de 20.000 pessoas tenham vindo a Búzios no último fim de semana prestigiar o Festival, o dobro de visitantes do ano passado - O número só não foi maior porque o material de divulgação só chegou duas semanas antes do evento. Para se ter uma ideia, às 23:30 hs de sábado quase todos os stands já haviam encerrado as vendas, superando as expectativas dos restaurantes no Centro e no Porto da Barra – informou o secretário.
Os comerciantes da Cidade, de um modo geral, procuram sempre acompanhar os passos da organização do Festival, seja através de conversas informais com donos de restaurantes, ou da mídia encarregada da divulgação, no intuito de se prepararem também para o evento. Esse é o pensamento de Robert Sabe, proprietário da loja de calçados Sapatilha, atento a toda essa movimentação – O público do festival é bom e faz aumentar as vendas no comércio local. Por isso fico atento e me preparo com certa antecedência, pois sei que vamos receber mais clientes. A prefeitura de Búzios, por sua vez, está falhando no apoio porque não coloca mais lixeiras, mais guardas, mais iluminação nas ruas como deveria – ressalta Robert.
- Definitivamente o festival gastronômico é uma grande atração para a cidade de Búzios, e a oportunidade de conhecermos diversas novidades em matéria de gastronomia, novos chefes e novos sabores. É uma pena que os estacionamentos do Centro continuem tão deficientes e as calçadas dificílimas de se caminhar – diz a chef Maria do Carmo Larcher (Rio), que veio especialmente para o evento.
Rosângela, proprietária do restaurante Banaland, e record de vendas na primeira semana do festival (1.018 pratos), garante que o evento é sempre maravilhoso e que está melhorando cada vez mais – Há cada ano vendemos mais pratos que nos anos anteriores e isso é animador. Sempre lanço uma novidade para o Festival e isso garante a minha clientela, que já compra os tikets antes de saber o que vou servir. Em relação a produção, achei o material publicitário escasso. Da parte da prefeitura faltou colocar mais lixeiras nas ruas, uma iluminação adequada e mais segurança – falou Rosângela.
- Os pratos que provei estavam maravilhosos e todos, sem exceção, tinham ótima apresentação. Tanto os sofisticados quanto os mais simples eram de excelente qualidade. Faltou capricho na decoração e acho que isso prejudicou alguns stands que, na minha opinião, deveriam estar concentrados na Rua das Pedras. A iluminação também deixou a desejar. As ruas estavam escuras, mal iluminadas para um festival deste porte – opinou a professora de culinária, Vera Valeska (Rio).
- O Festival foi bem organizado e os pratos eram de muito bom gosto. Os restaurantes que participaram estão de parabéns. Senti falta de um certo glamour na Rua das Pedras, poderiam ter enfeitado mais a cidade. Creio que o Festival de Búzios tem potencial para crescer e competir com outros festivais do gênero, como o de Tiradentes e Campos do Jordão – destacou Pedro Henrique (Rio), colunista social do Jornal A Voz de Portugal.
Elizeu Antônio, recepcionista do restaurante Davi, achou o movimento grande mas um pouco tumultuado. – Alguns stands foram instalados bem próximos uns dos outros e isso acabou atrapalhando um pouco a circulação das pessoas na Turíbio de Farias. Para nós, as vendas nesta primeira semana foram fracas, mas acho que se deve ao fato de termos servido uma entrada e não um prato principal como nos anos anteriores. Ano retrasado fomos record de vendas com a nossa lagosta. Já Cleomar, gerente do Buzin Restaurante, acredita que o Festival está fazendo sucesso porque é bem organizado - Vendemos mais do que esperávamos, superou de longe as nossas expectativas. O evento deu um grande salto em termos de qualidade. Foi muito bom!
No Porto da Barra, Zuza, dono e chefe do restaurante que leva o seu nome, acredita que a maioria dos participantes esteja satisfeita com a experiência – O Festival é muito bom comercialmente falando e isso é resultado da excelente organização. O formato é bem democrático porque permite ao público experimentar pratos diferentes em lugares diferentes. Essa é a razão do sucesso. Mas vale a pena rever a data para não haver concorrência com a Flip e com o início das férias escolares – acrescentou.   
Colaborador: Márcia Ribeiro

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