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domingo, 10 de abril de 2011

Insegurança tira a Guarda Municipal do 3º BI e local fica sem vigilância

Alegando falta de segurança no espaço, a Secretaria de Segurança e Controle Urbano  de Niterói retirou a Guarda Municipal do 3° Batalhão de Infantaria, em Venda da Cruz. A decisão foi tomada pelo secretário Wolney Trindade, após uma tentativa de homicídio envolvendo dois desabrigados na quinta-feira à noite. Com o incidente, a sala da guarda acabou depredada. O local, que é usado como moradia temporária para vítimas das chuvas de abril de 2010, fica na divisa entre Niterói e São Gonçalo. Segundo Wolney, o guarda municipal que fazia a vigilância do abrigo e assistiu à agressão, teve receio de interferir por estar desarmado. Ao buscar ajuda de agentes da 72ª DP (Mutuá), que também funciona provisoriamente no local, ele teria ouvido como resposta que os policiais não poderiam fazer nada, por estarem fora da jurisdição.
“Até que a questão seja resolvida, o abrigo ficará sem nenhum tipo de vigilância”, frisou Wolney, afirmando que não pode colocar em risco a segurança de guardas desarmados.
Ele disse ainda que entre os abrigados 12 são usuários de crack e incitam a desordem no local. A briga da última quinta teria sido provocada porque um deles não levou para o outro a droga prometida.
 Segundo Wolney, outro guarda municipal conseguiu controlar o agressor e como a Polícia Civil não agiu, os batalhões da PM em Niterói e São Gonçalo foram chamados. O agressor foi preso e levado para a 74ª DP (Alcântara), onde o caso foi registrado. A vítima  foi socorrida na viatura da Guarda e levada para o Hospital Luiz Palmier, em São Gonçalo.
Após a confusão, desabrigados se revoltaram, trancaram os portões do 3º BI e atearam fogo nos pertences do agressor. Depois invadiram e depredaram a sala onde funciona um posto da Guarda no abrigo.
“O que aconteceu ali foi indesculpável, uma tentativa de homicídio não tem jurisdição. O policial tem que ser policial 24 horas por dia, mesmo se estiver de bermuda ou sem farda. O fato aconteceu na cara deles e eles não fizeram nada”, disparou Wolney ao justificar sua atitude,  acrescentando que irá mandar ofício ao secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, cobrando explicações.
“Eu quero saber por que o senhor Beltrame põe uma delegacia provisória em um lugar se o policial não quer saber de nada que não seja ligado a sua jurisdição.”
O secretário informou ainda que pretende transferir os usuários para outro local.  “A maioria que mora lá é trabalhador, mas existem esses 12 que não deixam ninguém viver em paz. Eu vou  mandá-los para o lugar que eles quiserem, inclusive arranjo um espaço aqui na secretaria para eles morarem”, ironizou.
A Polícia Civil não se pronunciou.
O FLUMINENSE
Por: Soraya Batista

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