Conjuntivite faz primeiras vítimas e já preocupa a população de Niterói

Olhos vermelhos, ardência e sensação de areia na vista são os sintomas da incômoda conjuntivite. A inflamação da membrana que reveste a parte da frente do globo ocular pode ser transmitida por vírus ou bactéria. Na cidade de São Paulo uma epidemia atinge mais de 120 mil pessoas. Em Niterói, a doença faz as suas primeiras vítimas e provoca preocupação na população.
A receita para evitar o contágio é simples: lavar as mãos sempre e evitar o contato com pessoas que estão infectadas. A contaminação do olho com bactérias ou vírus se dá por transmissão dos mesmos pelas mãos, por toalhas, cosméticos, particularmente maquiagem para os olhos, ou uso prolongado de lentes de contato. De acordo com o diretor do Hospital de Olhos de Niterói, médico Frederico Pena, a doença não tem mais época específica para desenvolver uma epidemia.
“Antigamente a conjuntivite tinha uma sazonalidade mais marcada, ocorria principalmente no verão. Mas agora ela pode acontecer durante todo o ano. Somente lavando constantemente bem as mãos com sabão e com álcool que se pode evitar o contágio. Apesar de ser muito incômoda, raramente deixa sequelas na visão”, disse o médico.

A aposentada Maria José Cruz da Silva, de 72 anos, sentiu na vista os males da doença. “Não sei ao certo como fui infectada, no último dia 15 minha vista começou a lacrimejar e uma dor muito forte, parecia que tinha uma areia nos meus olhos. Procurei o médico e ele deu o diagnóstico, conjuntivite. Mesmo evitando contato com meus familiares e trocando de roupa de cama sempre, meu marido e meu neto pegaram também. Só minha filha escapou. Agora já estamos praticamente curados”, disse.
A Secretaria municipal de Saúde disse que ainda não notificou um grande número de casos de conjuntivite para que possa ser considerada uma epidemia. Porém, algumas unidades hospitalares particulares relatam um pequeno aumento de casos da doença em suas emergências.
As pessoas que apresentarem os sintomas da conjuntivite não devem passar nenhum medicamento antes de procurar o médico. As recomendações para evitar a transmissão da doença são simples, além de lavar o rosto e as mãos com frequência, deve-se aumentar a troca de toalhas e fronhas e não compartilhar produtos pessoais, principalmente os que entram em contato direto com os olhos.
O médico Frederico Pena alerta que os pacientes da conjuntivite precisam ficar isolados, deixando de sair de casa entre três e cinco dias depois que começarem os sintomas, período em que o vírus possui grande nível de transmissão.
O FLUMINENSE
Por: Elaine Chistofori