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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Recuperação de prédios faz Centro de Niterói reviver

Uma pequena praça parisiense ou, pelo menos, uma “Cinelândia niteroiense”. Esta era a intenção durante a construção do complexo da Praça da República, no Centro de Niterói. Concentrando prédios públicos como a Assembleia Legislativa, hoje a Câmara Municipal; o Palácio da Justiça; o Liceu; e a Biblioteca, o largo teve seu período áureo nas décadas de 1930 e 1940, atmosfera que diversos projetos de revitalização agora trazem de volta. A Prefeitura garante que, assim como os prédios históricos, a praça também será reformada.
“A praça foi inaugurada em 1927 em um local conhecido como Campo Sujo, que era onde a população descartava lixo. Com as reformas promovidas por Pereira Passos, no Rio de Janeiro, Niterói se espelhou e foram feitas grandes obras, como a Alameda São Boaventura, o Campo de São Bento e isto chegou até o Campo Sujo, que virou uma mini Cinelândia”, revela o historiador Emmanuel de Macedo Soares. A praça entrou em declínio e, na década de 1970, totalmente destruída, deu lugar a construção de um edifício, nunca concluído. O marco da República abrigou o “esqueleto” até o fim da década seguinte, quando foi demolido e a praça voltou a ter a forma original.
“É bom quando vemos que o estado tenta manter os espaços e criar uma consciência de conservação, com a reforma do conjunto arquitetônico. Agora é preciso fazer uma obra de verdade na praça”, conclui Macedo Soares. Pelas ruas, quem passa pelo local acredita que a revitalização pode devolver de vez o espaço para a população, que evita o local.
“Uma parte do Centro tão bonita e tão depreciada. O investimento é alto, mas vale a pena. As pessoas evitam a área à noite, mas agora, com tudo restaurado, as pessoas virão”, diz o técnico de contabilidade Venilton Marinho, de 49 anos.
CuriosidadesAlém de ser um depósito de lixo e esgoto, o local onde hoje está a praça também guardava uma mina d’água e um córrego. Com as intervenções, a mina foi selada e o Rio dos Passarinhos passou a correr em galerias subterrâneas, debaixo da Rua Visconde de Sepetiba.
ReformasAs primeiras intervenções foram parte de um acordo, de 2008, entre o Governo do Estado e o Tribunal de Justiça (TJ). Parte do terreno do prédio histórico onde hoje funciona a 76ª DP foi doado ao TJ, que se comprometeu com a reforma do prédio e também com a restauração do edifício do Palácio da Justiça. As obras começaram em 2009 e foram entregues no fim de janeiro.
O último prédio a ficar pronto, o da Biblioteca Estadual de Niterói, inaugurado em 1935, também será o último a ser “devolvido” à população. A Secretaria Estadual de Cultura acredita que até o fim do semestre as 70 mil obras já estejam ao alcance do público.
“Espero que seja entregue logo, porque é perto da escola e a diversidade do material será maior. Pretendo cursar radiologia e a bibliografia é difícil e cara, então já terei onde estudar”, comemora a estudante Marcelly Borges, de 16 anos.
O FLUMINENSE
Por: Wilson Mendes

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