O coordenador geral das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Robson Rodrigues da Silva, falou sobre a implantação desse tipo de policiamento nos Morros do Estado e Palácio, durante palestra na Centro Universitário Plínio Leite, semana passada. Ele confirmou que o projeto apresentado pelo comandante do 12º BPM (Niterói), tenente coronel Paulo Henrique Moraes, já está sendo avaliado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública. Segundo o militar, esses municípios devem ser priorizados pela posição geográfica que possibilita a circulação de drogas.
“Temos um plano pronto e a discussão está bem avançada. Quando recebermos o aval da secretaria, a instalação acontecerá dentro de pouco tempo. Essas cidades estão dentro dos critérios, devido aos índices de criminalidade, além da proximidade com a Baía de Guanabara e com as vias expressas, que são canais de entrada e saída de drogas”, disse.
O coronel Robson ressaltou ainda que a implantação das UPPs possui três fases essenciais, mas nem todas podem ser acompanhadas pela população, o que gera muita expectativa.
“A fase de pacificação que fica evidente e pode ser percebida pelos moradores é a ocupação, mas na verdade essa é a última etapa. Antes existe uma análise estratégica, de recolhimento de dados, e outra tática, quando ocorrem as reuniões com canais competentes, como o Bope e o Choque”, explicou o coronel, ressaltando que o Morro do Estado já possui um Grupamento de Ações Táticas (GAT), cuja estrutura física pode ser aproveitada. Ele afirmou também que o comandante do 12º BPM já realiza ações de aproximação entre a polícia e a comunidade, a exemplo da filosofia de pacificação adotada na capital. O subsecretário da Região Metropolitana, Alexandre Felipe, afirmou que a política de pacificação chega a Niterói até o fim de 2011.
Conscientizar a população
O comandante das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) comentou ainda sobre a possibilidade de Niterói ter sido uma das primeiras cidades do Estado a receber a droga do momento, considerada 40 vezes mais destrutiva que o crack, além de ser mais barata.
Essa semana, policiais do 12º BPM (Niterói) apreenderam 18 pedras de material entorpecente no Morro do Preventório, em Charitas, que, segundo o próprio traficante, seria da Oxi. O material foi encaminhado para a perícia técnica para que seus componentes fossem confirmados.
“A ocupação territorial dificulta a entrada dessas drogas, mesmo que não as extermine 100%, porque ainda há muito mercado, muitos dependentes. Mas a pacificação atua de forma preventiva, tentando apresentar ao público mais jovem os riscos do uso dessas drogas destrutivas. Sem essa intervenção, eles podem se tornar consumidores ou uma reserva de mão de obra para essa atividade ilícita”, disse o coronel Robson Rodrigues da Silva.
O FLUMINENSE
Por: Fernanda Pereira
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