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domingo, 13 de março de 2011

População de Niterói entra em alerta para o aumento de casos de dengue

O sinal de alerta foi acionado em Niterói para a dengue na cidade. Já são 1.044 casos este ano. Em pouco mais de dois meses, o número já se aproxima dos 1.491 casos suspeitos e 356 confirmados ocorridos em 2010. Em janeiro deste ano, foi registrado um óbito suspeito por dengue hemorrágica. O Fonseca, com 228 casos, além de ser o bairro com maior incidência no município, já ultrapassou a sua própria marca quando teve ano passado 219 pessoas infectadas. Para tentar minimizar a disseminação da doença, equipes do Departamento de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses (Devic) e do Corpo de Bombeiros realizam operações. No sábado pela manhã, agentes estiveram em Itaipu, segunda lista com 157 casos, e Itacoatiara. Vinte agentes do setor de Controle de Vetores, seis técnicos do setor de Informação, Educação e Comunicação em Saúde (IEC), com o auxílio de 30 bombeiros, percorreram ruas dos dois bairros. A Prefeitura informou que a ação teve como objetivo orientar os moradores em relação aos métodos de prevenção da doença e eliminação dos focos do aedes aegypti. Durante a ação, foram distribuídos folhetos e cartazes educativos. Imóveis abandonados estão alarmando vizinhos. Na Alameda São Boaventura, no Fonseca, entre os números 187 e 215, próximo a subida da Ponte Rio-Niterói, três casas fechadas preocupam moradores em função de possíveis focos do mosquito.
“Estas casas estão abandonadas há dois anos. Vários são os pontos com acúmulos de água parada nos quintais. Sem contar que o mato alto e a grande quantidade de lixo no local também está ocasionando a proliferação de ratos”, relata a secretária executiva Karina da Conceição Escossia, de 23 anos, moradora vizinha das casas. Ela reclama ainda dos moradores de ruas que passaram a dormir no local. “A maior parte do lixo é gerado por eles”, diz.
Situação semelhante em Icaraí
Em Icaraí, uma situação parecida. Na Rua Lopes Trovão, entre os números 460 e 448, há um terreno com escombros de uma casa demolida, está com duas caixas d’água sem tampa. Moradores dizem já ter tentado contato com os donos, sem conseguir solução para o caso.
“Se os donos do terreno não fazem nada para dar fim aos focos de dengue, as autoridades municipais têm que dar. Já liguei também para o Disque-dengue da Prefeitura”, conta o advogado José Varella, de 42 anos, morador de um prédio ao lado. Sua preocupação é redobrada em função de sua filha adolescente ter, naturalmente, dosagem de plaquetas baixas. “Ou seja, seria letal caso ela contraísse uma dengue hemorrágica”, afirma apreensivo o advogado. Sua cunhada, a fisioterapeuta Maria Cláudia da Silva Rocha, de 40 anos, disse que eles montaram uma verdadeira “operação de guerra” para tentar se prevenir contra os mosquitos. “Aqui passamos repelente quatro vezes ao dia. Gastamos tubos e tubos do produto. Temos também duas ‘raquetes elétricas’ para matar os mosquitos”, conta a fisioterapeuta.
A Prefeitura informou que encaminhará os casos à Vigilância Sanitária para que providências sejam tomadas. A Prefeitura informou, ainda, que as equipes estão constantemente visitando os bairros e dando maior atenção aos que apresentam índices maiores. Sobre o uso dos carros “fumacê”, afirma que a ação só acontece em áreas de grande infestação e é executado automaticamente a partir dos resultados dos dados. Em Piratininga, foram 96 casos de suspeita  de dengue notificados este ano; no Ingá, 74; em Santa Rosa, 72; em Icaraí, 59; no Engenho do Mato, 61; no Barreto, 58; no Centro e no Cubango,42; Engenhoca, 62; no Maravista, 51; no Caramujo, 39; e, no Largo da Batalha, 45. n
200 pneus retirados
Na última sexta-feira, a Prefeitura realizou mais uma etapa visando acabar com um problema que vem atormentando moradores do Ingá em relação à segurança e a possíveis focos de proliferação do mosquito da dengue. Foram retirados mais de 200 pneus, seis caminhões de entulho e duas caçambas de lixo do casarão abandonado na Rua Visconde de Morais. O restante, que ainda está no local, será retirado na  segunda-feira. Há anos o local abrigava moradores de rua, usuários de drogas e praticantes de pequenos furtos. Recentemente, a Secretaria de Segurança e Controle Urbano esvaziou o espaço e realizou mais de uma operação para retirar entulhos do local.
A casa é de propriedade do Exército e a Prefeitura informou que já foram feitas algumas propostas às Forças Armadas para que o local não fique abandonado. Uma delas é que o Exército reassuma o imóvel e a outra é que o prédio seja desapropriado para ser instalado nele uma biblioteca mista (metade do Exército e metade para a população como um todo).
O secretário de segurança do município, Wolney Trindade, disse que, enquanto o imóvel não é murado, o Exército, a PM e a Guarda Municipal farão rondas no local para evitar novas ocupações e despejos de lixo e entulho irregulares.
“Minha preocupação era limpar o imóvel o mais rápido possível, por conta dos focos de dengue, já que havia mais de 200 pneus no prédio e tem chovido na cidade. Além disso, o local estava servindo de esconderijo para assaltantes e usuários de drogas”, declarou Wolney Trindade.
O FLUMINENSE
Por: Henrique Moraes

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