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sábado, 15 de janeiro de 2011

Corpos passam a ser identificados só por DNA em Teresópolis, diz Juiz

Apesar da fila de parentes que se forma diariamente na porta do Instituto Médico Legal (IML) de Teresópolis, na Região Serrana do Rio, a identificação das vítimas das chuvas só se dará por exame de DNA. A informação foi confirmada pelo juiz da 2ª vara de família de Teresópolis, José Ricardo Ferreira de Aguiar. De acordo com ele, inicialmente, o reconhecimento era feito visualmente. Após 48h, quando os corpos começaram a entrar em decomposição, passou a ser por foto. Agora, quatro dias depois da tragédia, somente por DNA. “É uma questão de saúde pública. Já foram reconhecidos 259 corpos em Teresópolis. O exame é feito e o corpo é enterrado logo em seguida”, explicou o magistrado.
Ainda segundo Aguiar, o enterro é realizado mesmo sem o reconhecimento da família. “Quando sair o resultado do DNA, aqueles que não reconheceram, nem sepultaram seus parentes, poderão buscar a Justiça ou o Executivo para obter confrontamento de DNA e retirar a certidão de óbito. A família também poderá fazer o translado do corpo para novo enterro”, afirmou o juiz.
A tia de três crianças desaparecidas, Carla Pfister, de 34 anos, foi ao IML neste sábado para tentar identificar os sobrinhos. “Eles foram arrastados pela água. Um deles o meu irmão encontrou escavando a terra, mas as duas meninas não conseguimos achar”, disse, a tia, com lágrimas nos olhos.
"Não tenho mais esperança, no IML nos falaram que a identificação será por DNA. Quando encontramos o menino foi uma explosão de sentimentos. Não sabia se ficava feliz por ter achado ou desesperada por ele estar morto. Mas, pelo menos, enterramos o meu sobrinho. Já as meninas eu não sei”, lamentou Carla, acrescentando que a única coisa a fazer no momento é aguardar.

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